quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Submarino

Olho pela janela procurando sinais do temporal que arrebatou tudo por aqui.
Naquele dia eu combinava com céu cor-de-fim-do-mundo.
Mas estava céu azul e sol.

Em uma dança cósmica e mítica, ocorria a entrega.
Mãos sobre o coração para ver se tenho algum controle sobre ele.
Mas ele se dava, sujeito de amor.

Mergulho em minhas águas aparentemente calmas.
Afogo-me em um eu desconhecido. Abrangente.
Submarino em plena superfície.

Sobe a maré. Eu aqui.
Ancorado, enquanto as ondas do que sei nadam até onde não alcanço.
Estático, como isca no anzol.

Nenhum comentário:

Postar um comentário