sábado, 27 de novembro de 2010

Amor

Uma loucura bem docinha condiz com o que emano.
A primeira impressão que tiver de mim, não vai ser a que ficará na lembrança.
Ainda bem que se você sentir algum sentimento ruim perto de mim, logo vai descobrir que foi um momento e que só coisas boas podem me acompanhar.
No começo não me permito, no meio me entrego demais e depois encontro a medida... mas já é tempo de viver outra sintonia.
Eu estou na boca de todos e no desejo de cada coração.

Eu sou o amor, muito prazer.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Nós

- É que as pessoas se perdem mesmo - reclamou a voz de dentro.

Encontramos tantas vidas cruzando as nossas, tantas verdades e mentiras entre tantos olhares... E nunca percebemos o quanto nos perdemos uns dos outros.


Por algum motivo obscuro de ser gente nos afastamos nas bifurcações de idéias e vamos trilhando caminhos diferentes.
É como se nossas conexões fossem cordas frágeis, se deixarmos de prestar atenção, vão se rompendo pelo desgaste do tempo que, assim como o vento, bate de formas diferentes dependendo de onde estamos.

- São mais despedidas que encontros – disse a voz de dentro.

- Não, só precisamos prestar atenção no caminho porque quem for encontro nosso, de dentro pra fora, não se perde na jornada. – disse a voz de fora.

E alguns nunca sequer se encontraram, para poderem nos achar.
É duro prestar atenção em tantas teias que saem de dentro de nós, imagine só naquela corda bem fininha que liga o pensamento com o sentimento onde o eu encontra o eu mesmo.

- É que eu nunca me encontrei - falou outra voz
- Não, - a voz de fora comentou - temos muita corda pra enrolar até juntar o eu com o eu mesmo. Cada volta no novelo é um pedaço novo do céu de nós e cada novo pensamento multiplica a linha, mas reduz a distância até o sentimento.

Vamos dando nós nas linhas, rompendo alguns pedaços, mas fortalecendo o novelo de dentro para que fique intacto.

Vamos fazer um nó?

sábado, 13 de novembro de 2010

Sinais

Olhe para o céu e diga: "se eu olhar para a estrela mais brilhante, o que eu mais quero vai acontecer" e você vai ver a estrela mais apagada se tornar sol.

Veja um carro na rua e pense: "se a placa começar com D, aquele esté pensando em mim" e mesmo que seja um B, um C, ou um J, você vai ver um D.

Não pense que o que está a frente dos seus olhos é verdade, nós colocamos véus de defesa para enxergar o que queremos e acabamos por nos enganar.

Não é porque alguém sente sua falta que significa que a sua presença  insubstituível.

Acorde e ouça os sinais dentro de você.
A sua intuição é o maior sinal que poderia chegar.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Fluidez

Sabe aquele desejo bem desejado pra estrela mais brilhante do céu?

Cuidado com ele.
O que a gente quer nem sempre é o melhor que pode ser, muito menos é o que nós projetamos.
Aquela história de "não o que a gente quer, mas o que a gente precisa" é mais do que verdade.
Sempre sonhamos com alguém e desenhamos tão minimamente em nossas cabeças, que pensamos: quando eu reconhecê-lo, vou ser um ser vivo mais feliz. Mentira, não vai.
Podemos fazer rascunhos e mais rascunhos dos outros, mas só iremos encontrar o amor nos outros quando este partir de nós mesmos. Precisamos aperfeiçoar os nossos traços, para aí estarmos prontos para sermos mais felizes.

Não tem graça adivinhar tudo, se não dividimos a mesma palavra.
Não tem graça partilhar o mesmo sentido, se não é o mesmo sentimento.

Falei com um mestre e percebi que a maior estrada para a felicidade está nas nossas veias.
Vamos nos guiar por nossos fluídos de olhos fechados e conhecer-nos.
Aí, talvez, estejamos prontos para o amor.

É difícil não enxergar mais problemas e viver o que sentimos por dentro.
É difícil não camuflar o olhar e observar o que é como é.
O amor está em todos os lugares, todas as pessoas, todos os olhares, sõ não estamos preparados para isso.


Enquanto não fico pronta, observo a metamorfose das coisas a partir do que transformo dentro de mim.

Bem vinda, fluidez.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Quem vai sempre em frente não chega a lugar nenhum.

São tantas sílabas de sentimentos formando meus pensamentos.
Cada palavra derruba e reconstrói o mundo que está ao meu redor.
Queria poder elevar meu coração e usá-lo como coroa e não como explicação.

É difícil nos permitir fazer o que queremos, estamos sempre amarrados a algum tipo de obrigação inexistente. Estou tentando de verdade me reconciliar com a minha vontade, com aquele sonho que tem tudo pra dar certo.
Às vezes é quase impossível dizer a verdade, nem que seja monossilábica: Sai! Não! Sim! Vai!
Queria apontar a direção e seguir sem pensar o que a minha intuição diz.

Eu recrio, mudando o ponto de vista de estar agora, aqui.
Eu deixo qualquer coisa parecer um sinal e acredito... talvez assim eu consiga despistar o que não pode ser feito ou dito e continuo.