segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Caleidoscópio das (al)gêmeas

Às vezes a gente encontra partes nossas em outras pessoas e talvez possamos chamar isso de "alma gêmea".
Estranho pensar que algo tão impalpável tenha pedaço e ainda por cima igual, mas essa crendice pode ser muito real pra quem (acha) que a vive (ou a vive mesmo, vai saber).

Mas pare e pense. São tantas as nossas e as outras partes que não temos como escapar das ruins. E se essa sua alma gêmea for o pior fragmento de você? E se for aquele seu pedaço que é ruim, mas é tão seu, que você nem se importa, só aceita?
E por mais que tudo isso seja terrível sempre há espaço para o amor. Mas por mais que exista amor, não podemos sofrer tanto. E não me diga você que dor de amor é coisa pouca. Desmorona, desbarranca até desvive.

E ainda há aqueles que querem encontrar alma gêmea. Cuidado! 

Se pudesse ter a visão aérea disso tudo, veria fragmentado como um caleidoscópio o coração, em uma ilusão, flutuando entre as partes da alma. E talvez quebrá-la traga mais chances de um pedaço encontrar outro e ser algo bom. 
Mas sem (al)gêmeas, por favor.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Um pro outro

Acontece. Quando a gente fica fora de si não tem hora nem lugar.
Parece que não tem volta e que tudo ao redor é nada.
Passou. Só será feito o que (nos) permitirmos (ou será efeito dos comprimidos?).
Quando foi que o bom demais pra ser verdade se tornou tão ruim que só pode ser mentira?
E a gente se perde no ontem que não chega. O amanhã? Nem vale a pena esperar mais.
O que resta é viver os agoras lutar pra entender que nada é nosso.

E aí um pro outro virou outro pra um. E assim segue o passo arrastado do relógio pra que tudo vire memória.
O que virá(rá)?