terça-feira, 25 de outubro de 2011

Tez

A sua pele tem marcas de nascença, catapora, cicatrizes, arranhões e manchas de sol.
Tem arrepio por algo que só você ou nem você sabe o porquê.
Tem nuances claras e escuras, marquinha de biquíni e coxas brancas de sol.

A sua pele sabe exatamente o que cada milímetro do seu corpo vivenciou, nossa parte externa que aparenta e reflete nosso esforço em suor.

Sua pele se renova milhares de vezes ao dia.
Já parou pra pensar quantas vezes ela é mais corajosa do que o resto do nosso corpo?
Ela defende o que nos preenche, seja alma ou carne.

Nossas peles não são idênticas e viveram diferentemente.
A sua sensibilidade, aflição e ferida nunca saberá como é a minha.

Nossas peles conviventes, nossas memórias traduzidas em poros.
Nunca serão iguais apesar da consistência.

São telas coloridas separadamente e experiências vividas com intensidades diferentes.

A minha não é a sua.
Não compare, renove.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Ei Manoel

E quando foi que a vida virou novela?

Acordar num flash back, passar o dia pensando um algo melhor, catástrofes urbanas por todos os lados e aquelas falas decoradas para evitar desastres não-naturais.

Quando foi que as vidas se teletransportaram para uma semi-coisa mal interpretada no horário nobre?

Ei, devolvam minha trama.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Receita do amanhã

Acorde todos os dias de manhã e pense:
"Tenho quase certeza que eu não sou daqui" (RR)

Mate de três a quatro leões e torne a certeza absoluta: é só uma fase.

Use de 5 a 7 grandes porções de fé e siga.
"Sonhos são como deuses, quando não se acredita neles, deixam de existir" (PM)

Misture bem e chegue ao amanhã com sucesso.

domingo, 24 de julho de 2011

Pequenices

Estranho quando nos deparamos com uma superação.
Parece que nossas vivências ficam amarradas ao nosso corpo, como se nos prendessem ao chão.
O tempo diminui em bom grado as experiências que eram memórias incomodativas e faz com que elas se tornem pequenices pessoais tão sustenidas quanto um si bemol.

Então observo minha coleção de miniaturas e solto as amarras, observo de cima como uma pequena cidade.
"De vez em vento" volto para rever o que foi sentido e me deparo com uma mudança de cores.
Depois mudamos o tempo do andar.
E são outras flores, em outro jardim.

E quem diria que tais pequenices poderiam ser ritos de passagem?

Talvez o poder do outro sobre nós mesmos é a nossa vontade de ser feliz e a liberdade é o reflexo de nossas provocações.

terça-feira, 5 de julho de 2011

364 dias

E de véspera já posso agradecer pelas pessoas que me cercam e pelas que foram embora.

As que me cercam (aquelas que valem mesmo a pena) ficam num raio de 360º, mais vindo do que indo, com alguma força boa nos guiando uns aos outros.
As que foram embora não ficam mais perto da vista, por mais difícil que tenha sido, fechei os olhos pras que insistiram até que resolvessem "não estar".
Posso também agradecer pelas que ainda vão vir, sempre aparecem anjos instantâneos (para quem precisa - pricipalmente pra quem não acredita)

Todo ano são mais ganhos do que perdas.
Reconheço meu privilégio e agradeço a sorte.

A vida não é aquilo que a gente imagina, não mesmo.
Mas é muito melhor presenciar um sorriso do que imaginar uma gargalhada.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

saudadesemtempo

E veio um sentimento borboleteando meu ventre.
Esquisito ao extremo, parecia algo intravenoso.
-'tou com saudade.
Do que(m) seria? Esse sentimento (fora distâncias impercorríveis) é fácil de sanar.
-'tou com saudade de tudo.
Tudo?
-'tou com saudade de tudo.
-é como se o mundo que não conheço (ainda) me fizesse falta danada.

e assim se dava a saudade do futuro.
um grito vidente cego, batia dentro do meu peito.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Sorriso preso na moldura

E diziam que o outro dom dela era fazer quem estava perto feliz.
Tão fácil transformar uma palavra em som de riso.
Mesmo que cada gargalhada a deixasse mais bonita, não a fazia.

Era daquelas que ainda acreditava.
Das que não volta logo e que nunca vai embora.
Já tinha amado muito.

Só tenho uma instrução:
Não a espante com o seu medo de ser feliz

E ainda viria o sol despontando em um amanhã renascido.
Ela sabia a estrada, faltava fazer as malas.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O começo e o fim

Não se esqueça que vai durar o tempo entre um não e um sim
E que vai valer o que for sempre e o que for nunca
Lembre que o efêmero não é promessa


Não se esqueça que todo mundo tem medo
Lembre que a incerteza é peça chave
E que se perder é trilhar a descoberta

Não se esqueça que amanhã vai ser tudo diferente
E que há o lado bom e o ruim
Lembre-se também de que eu estou dispersa


Não se esconda e eu não vou te encontrar
Ache, atrás de ti
O começo e o fim

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Compatibilidade Corpórea

Respirei fundo mais uma vez e me perguntei: o que está acontecendo?
Talvez seja como aquela música "todo esse frio é de esquecer, nunca me vi gelado assim"...

Tão difícil permitir as sutilezas do que antes era o meu total.
Será que foi a tal "reeducação" que tanto me recomendaram?
Sei que as sensibilidades e "sensatezes" continuam... mas mesmo assim algo mudou por completo.

Enquanto não descubro o que sucede, justifico:
É que se as almas não se reconhecem, não há compatibilidade corpórea que funcione.

Que seja efêmero enquanto mude.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Uccellino

Sono stanca de essere.
Essere la piu bella bugia o la incomprensa veritá.

Che me poi essere?

Un uccello che non ha imparato a volare all'interno del suo desiderio e che potrebbe entrare in un'altra vita, solo per non essere più l'intensità di un dubbio in una voce incontrollata.


Olhos fechados

A inevitabilidade das coisas a irritava.
A tirava do sério.

A mutabilidade das pessoas a inebriava.
A entorpecia com a imprecisão de ser algo.

Amplificava as emoções sazonais.
Inevitáveis e mutantes, assim como ela.

Maturidade era a chave que trancava algumas portas,
mas a fé escancarava (in)certas janelas.

Saudade mistificada em presença, ausência e completude.


- Que contradição cíclica! - ouviu certa vez, intacta.
Mas nem se importava com o formato da vida, queria vivê-la em disformidade, inconformidade.
Prévia sensação, extrema.

Tato, paladar, olfato, audição.
Olhos fechados.

sábado, 19 de março de 2011

Desprender-se

Tentaram me ensinar a fórmula do superar.
"Deixe seguir, não se prenda emocionalmente, deixe fluir, não aperte o laço que a corda afrouxa."
Será que evitar vínculos é a forma melhor de se desprender?

Acredito que cada vivência é uma lição e que o desprendimento acontecerá assim que tivermos entendido, pelo menos parcialmente, o que a situação nos ofereceu.

Penso que devemos parar de achar que o significado de desprendimento é deixar o coração em cima de uma cadeira e bater a porta todas as vezes que entramos em qualquer tipo de relacionamento.

Para mim, desprender-se é aceitar que as lições vitais de determinada situação foram cumpridas (pois nem sempre são aprendidas) e que é hora de sentir outros ares para tentar ser melhor.

Desprender talvez seja compreender que sempre podemos aprender e melhorar, logo não vale a pena ligar-se a coisas e situações tão passageiras.

So live and let live.
Live and let die.

quarta-feira, 2 de março de 2011

todasasformasdeamor

Olhos fechados, com as costas dadas ao precipício.
Braços abertos com o vento balançando o seu equilíbrio.

E o pensamento faz movimentos de infinito enquanto as sensações de mundo te arrepiam.

"Vamos nos jogar aonde já caímos", diria Moska, pois a queda é inevitável.
Vamos celebrar um novo início, redescobrindo o caminho que sabemos de cor.

Passa o medo, você se entrega sinceramente e respira fundo ao dizer que todas as formas de amor prevalecem.
Nem que seja só em você.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ondas

São sempre altos e baixos.
Quando os baixos forem mais ou tão frequentes quantos os altos é hora de repensar.

Repensar o ritmo das águas que te levam, o objetivo do que navegamos e o prazer que vem ao fechar os olhos junto ao mar.

Pode botar reparo no esquecimento das pessoas em compartilhar coisas boas.
Será que é porque notícia ruim corre rápido? Talvez...

Partilhemos as coisas boas para que as marés altas se repitam.
Vamos dividir os momentos de alegria plena para que a nossa felicidade se multiplique no outro.

E hoje revejo tudo e todos.
Talvez seja a hora de pular outras ondas.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

e o meu amor... é todo seu.

E toda vez que o vento me beija, fecho os olhos e penso em transcender.

Deixar todas essas migalhas de viver com muito e fugir pra dentro de mim.

O caminho mais difícil está entre o que transparecemos e o que somos.
Interpretamos papéis de nós mesmos quando nos deixamos abertos, vulneráveis perto do amor e, temendo esse sentimento, camuflamos o que somos com atitudes egoístas e mundanas, tentando provar para nós mesmos que somos menos, que ninguém deve esperar nada de nós, que ficar por perto é perigoso e dispensável.
Nessa confusão de papéis, deixamos nossa essência como coadjuvante e assumimos um protagonista forte, inatingível e que pouco se ocupa do outro.

Quantas vezes você já intuiu alguém e essa pessoa se mostrou uma mutação do que previu?
Acredito, sim, que iludimos a nós mesmos muitas vezes, mas em alguns raros casos, sabemos que estamos certos.

O que o outro mostra é o que ele vê ao seu redor.
Maquiamo-nos com defesas e pudores, cobrindo a essência com camadas e mais camadas alucinógenas, por acharmos que essa é a resposta que temos que dar ao mundo.

Acredito ainda mais em mim cada vez que observo alguém que amo ser incoerente consigo mesmo.
Não porque eu esteja isenta de fingir, mentir ou acreditar, mas por saber que posso confiar nos meus instintos e, cada vez mais, deixá-los aflorar para ter a resposta que desejo do que se passa fora. O amor nos deixa cegos, surdos e até um pouco idiotas, mas amplia o sexto sentido e permite a compreensão além do imaginado.

E você? Vai se permitir ser?
Eu continuarei tentando.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Não era

Não era, você sabe.

Algumas ilusões tem intensidade temporal enorme em uma noite.
É muito romantismo da minha parte acreditar em tão pouco tempo.

É facilidade cicatrizante que me permite te afastar.
Já foram e serão tantos outros.

Não pense que só porque me incomodou, causou efeito.
O calor me incomoda e é passível de melhora a cada chuva que cai.

Cada um tem o que merece.
E quer saber?

O que me espera, nem imagino.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Efeito

"Às vezes eu queria ser amor, para ter certeza de que você seria completo, se comigo.
Às vezes eu queria ser carinho, para ter certeza de que você não se sentiria sozinho ao meu lado.
Às vezes eu queria ser mentira, para saciar o desejo que temos de experimentar o errado.
Às vezes eu queria ser segurança, para ter a certeza de que você não iria embora por medo."

Logo depois desse pensamento, percebeu que não são motivos para não ir embora que constroem relações, são as loucuras inexplicáveis que fazem alguém ficar.

Você já causou efeito em alguém hoje?

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

vezemquando

Vez em quando gritava uma vontade enorme de cantar, dançar, atuar, amar.

Como eu queria ter coragem de ser o que eu sou.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Passaporte para dentro da alma

A passagem foi tão clara na ida, sem empecilhos, obstáculos ou dobradiças.
A volta estava entre grades, acorrentada aos medos e anseios e dores do adeus.

São pensamentos ou memórias que ficam impregnados aos nossos olhos?
Passaportes para dentro da alma de tão fácil acesso, mas difícil desvendamento.
E o encantamento que possuem é quase místico.
Imperceptíveis, poderosos, justos.

Às vezes são eles que dizem as palavras.
Às vezes são portadores do amor do mundo.
A esperança?
A esperança nunca os abandona.

Aí imaginam ou trazem a imagem:
Dois, doeu.
Já eram dois, o errado era eu
Se percebem; se queixam e mudam o foco.

A alma, tão nua, percebe que não tem jeito:
É lá que a defesa falha, que o corpo toma conta -
O olhar é realmente seu pior defeito.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Exceção

Mania de querer exceder.

Porque eu insisto quando alguém nega minha ajuda?
É muito egocentrismo achar que eu consigo fazer a diferença na vida de quem é indiferente.
Porque eu me excedo quando o mediano seria mais do que o suficiente?
É muita vontade para pouca causa.
Porque eu insisto em amar quem não pede?
É muita teimosia em acreditar no humano.

Eu me excedo um tanto que me faz mal.
Aí me canso e resolvo dizer adeus, por um dia.

Um dia de exceção em que me agarro ao meu egocentrismo, à minha teimosia e à minha vontade e deixo de lado esses sentimentos que habitam o outro. Só que dura pouco, aí mora a minha fraqueza.

No meio de toda essa fadiga, percebo que a mediocridade não faz parte de mim.
Se isso me faz exceção entre os que me ferem e me separa de quem eu não admiro, então tudo bem.

Que essa exceção seja a minha regra.
Que eu deite a minha cabeça em pedras, mas com a certeza de quem fiz o meu melhor para com o mundo que vivo, as pessoas que amo (mesmo aquelas que acham que não precisam de amor) e a fé que tenho.

A minha verdade é maior que qualquer cansaço, qualquer derrota.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Era uma vez...

Era uma vez um porquinho e três lobos (se são maus ou não, fica a seu critério).

O porquinho estava em sua casa, lendo um livro quando o primeiro lobo bateu em sua porta e perguntou:
- Porquinho, posso entrar? Aqui fora está tão frio...
O porquinho, bom como era, sentiu pena do lobo e o convidou para entrar.
O lobo se acomodou na cadeira preferida do porquinho, pegou seu livro e começou a ler.
Como o porquinho nunca tinha recebido nenhuma visita, resolveu deixar o lobo fazer o que quisesse e se acomodou em outro canto. As horas foram passando, os dias foram passando e a liberdade do lobo encolhia todos os desejos do porquinho.
O lobo, mal acostumado, nem percebia o quanto incomodava e machucava o porquinho até o momento que o porquinho resolveu fazer e sonhar como desejava. O lobo incomodadíssimo com a mudança, nem argumentou, foi embora sem mais nem menos. No começo como que abstêmio de seu visitante, o porquinho se sentiu culpado, mas logo percebeu que só estava respeitando seu espaço, afinal não há nada de errado nisso, não é mesmo?

Passado um tempo, devido às movimentações que acontecem de encontros e freqüências, um outro lobo apareceu. Dessa vez, o lobo convidou o porquinho para sair de sua casa. Surpreendido, o porquinho foi como se fosse a primeira vez que veria o mar.
O lobo mostrou seu mundo, explicou como gostava das coisas e pediu que o porquinho ficasse. O porquinho deslumbrado se sentiu honrado com o convite e ficou, adaptando-se aos gostos do lobo. Ele nem percebeu que estava abandonando a casinha que tinha construído e a estrutura das coisas como gostaria que existissem.
Com o passar do tempo, porque as coisas são assim, o porquinho percebeu que não havia necessidade em deixar de lado o que ele era por um lobo com manias estranhas, afinal não há nada de errado em mater sua essência, não é mesmo?
Resolveu então que iria embora para que pudesse se reencontrar. O lobo gritou e falou que as coisas tinham que ser do jeito dele e o porquinho percebeu que as coisas tem que ser como são, não precisam seguir desejos nem movimentos.

O porquinho voltou par sua casa cansado.
O caminho foi tortuoso, mas percebeu que sua casa estava aumentando. Primeiro com o espaço que ele percebeu importante depois dos exageros do primeiro lobo, segundo por ter reparado na importância de manter o lado de fora em seu lugar. Pintou os novos muros com palavras de defesa e evitou novos tijolos.

De súbito apareceu um lobo diferente, que conversou com o porquinho através da porta, nem dentro, nem fora. O porquinho achou impressionante a liberdade que este lobo estava dando a ele e ficou totalmente arrebatado. Manteve as coisas como estavam, totalmente satisfeito e feliz como nunca havia se sentido, até que o lobo resolveu entrar.
Entrou e fez uma bagunça, quebrou coisas irremidiáveis e o porquinho o trancou para fora. O lobo vendo que o porquinho havia fechado todas as entradas, soprou, soprou, soprou e derrubou as estruturas que o porquinho tinha construído. Acreditando que não tinha escolha, o porquinho permitiu que o lobo ficasse mais um tempo. Este que queria manter seus privilégios, construiu muros de ilusão e aprisionou muito bem o porquinho em sua própria vontade.


Em um dia nublado o porquinho disse:
- Vá embora.
O lobo, esperto como era, disse:
- Embora da onde se tudo o que você tem agora, fui em que construí?
Sem demora o porquinho disse:
- Sabe lobo, eu descobri que não são os muros que construímos ao nosso redor que fazem a nossa fortaleza, mas sim o que construímos dentro da gente. Com o primeiro lobo que bateu a minha porta eu aprendi que não é errado respeitarmos o que somos e nossos limites, expulsando o que não deve nos pertencer. Com o segundo lobo, que me levou para fora de minha fortaleza, eu aprendi que não importa quem peça que mudemos, nada é mais importante do que a nossa verdade e a nossa essência.
- Mas quando você decidiu me mandar embora? - indignou-se o lobo
O porquinho, assustado com sua própria serenidade, falou:
- Muito obrigado por ter me ensinado que não importa quantas vezes nossos muros e defesas sejam derrubados, nossa alma, nossa integridade e força jamais cederão... é só ficarmos atentos aos nossos sinais e intuições. Acabei de perceber, então, que quem deve abandonar algo sou eu. Quem precisa das mudanças, sou eu. Quem deseja respeitar-se, sou eu. Então, querido lobo, obrigada por me ajudar a perceber que devemos ser a mudança que queremos ver, se estamos mal com algo somos nós que temos que abandonar esse algo e não tentá-lo fazer nos abandonar.

O porquinho foi embora feliz com sua descoberta: o amor é para ser partilhado e a dor curada por nós mesmos. Ninguém virá nos salvar nem arrumar nossas vidas. Que sejamos os primeiros a nos oferecer o que queremos receber do mundo.