terça-feira, 25 de outubro de 2011

Tez

A sua pele tem marcas de nascença, catapora, cicatrizes, arranhões e manchas de sol.
Tem arrepio por algo que só você ou nem você sabe o porquê.
Tem nuances claras e escuras, marquinha de biquíni e coxas brancas de sol.

A sua pele sabe exatamente o que cada milímetro do seu corpo vivenciou, nossa parte externa que aparenta e reflete nosso esforço em suor.

Sua pele se renova milhares de vezes ao dia.
Já parou pra pensar quantas vezes ela é mais corajosa do que o resto do nosso corpo?
Ela defende o que nos preenche, seja alma ou carne.

Nossas peles não são idênticas e viveram diferentemente.
A sua sensibilidade, aflição e ferida nunca saberá como é a minha.

Nossas peles conviventes, nossas memórias traduzidas em poros.
Nunca serão iguais apesar da consistência.

São telas coloridas separadamente e experiências vividas com intensidades diferentes.

A minha não é a sua.
Não compare, renove.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Ei Manoel

E quando foi que a vida virou novela?

Acordar num flash back, passar o dia pensando um algo melhor, catástrofes urbanas por todos os lados e aquelas falas decoradas para evitar desastres não-naturais.

Quando foi que as vidas se teletransportaram para uma semi-coisa mal interpretada no horário nobre?

Ei, devolvam minha trama.