sábado, 16 de novembro de 2013

Estamos vivos?

Somos gastos pelo mundo e isso é bom.
Dá trabalho, é dolorido e muitas vezes é tedioso, mas é isso que estamos fazendo.
Querendo ou não.

Quanto mais velha a sola do sapato, mais as rugas da alma aparecem.
E não é a velhice da carne é o desgaste de si.
Também não é o sapato físico, mas o que calça nossos sonhos.
É a intensidade de estar vivo com zero ou com sessenta e cinco anos.

Isso é lindo.
Enquanto o frio anestesia, o calor nos faz sentir vivos, por isso incomoda tanto.
Mover-se, ser movido, mover o outro gasta sol e energia, mesmo com graus negativos do lado fora.

Abrir a porta para a inconstância da vida e para o que mundo tem a nos oferecer é correr um risco inescapável.
Parece que vivemos achando que ter ego é coisa de artista.

Não é a idade que chega, mas as ideias que se mostram, que se apropriam da sua transformação.
Mais importante do que causar o brilho no olhar de alguém é permitir que alguém coloque algo diferente no seu.

Estamos vivos?
Não se poupe.

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