quinta-feira, 31 de março de 2011

Olhos fechados

A inevitabilidade das coisas a irritava.
A tirava do sério.

A mutabilidade das pessoas a inebriava.
A entorpecia com a imprecisão de ser algo.

Amplificava as emoções sazonais.
Inevitáveis e mutantes, assim como ela.

Maturidade era a chave que trancava algumas portas,
mas a fé escancarava (in)certas janelas.

Saudade mistificada em presença, ausência e completude.


- Que contradição cíclica! - ouviu certa vez, intacta.
Mas nem se importava com o formato da vida, queria vivê-la em disformidade, inconformidade.
Prévia sensação, extrema.

Tato, paladar, olfato, audição.
Olhos fechados.

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