segunda-feira, 30 de março de 2015

A vida é um sopro

(à Janaina Büll)

De repente me deparei com ela. Potente, estática, absoluta.
Mal sabia como lidar com sua presença, quem dirá vencê-la.

Era escuridão que ultrapassava a velocidade do som e da luz, mas não atrapalhava a visão. Estava lúcida e via com nitidez.

Instintivamente afastei-a, sem me dar conta do poder que estava exercendo. Revolucionei as células, afastei qualquer sinal de desistência ou trégua. Não mostrei a que vim, somente fui - como um rolo compressor de animosidades.

Lentamente se afastou... Da potência restou um vislumbre de posse, da estática moveu-se a última sombra e a única coisa absoluta naquele momento era a minha vontade de expulsá-la dali.
Não foi dessa vez e nem será tão cedo que ela vencerá. Só permanece aquilo que não se luta contra. E enquanto for possível lutar, não estarei à espera, mas pronta para vencer.

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