segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Sede

Um copo. Não sabia se estava cheio ou vazio, mas àquela altura, nem importava. Ela era cafona demais para acreditar em meios termos. Deu um gole.
Olhou pra cima. O céu enviava seus sinais vitais para ela de alguma forma e ela acreditava... Mesmo ultimamente tendo se sentido estrela perdida, porém não desperdiçada.
Abriu a mão e viu um lembrete rabiscado na palma. Entre as linhas que mostravam o futuro, ela esqueceu o que tinha que lembrar. Sinal de que não era importante.
Tomou mais um gole, mas a sede que sentia vinha da sede além da língua e do trato digestivo. Além das ranhuras da pele e dos olhos ressecados. Era um lugar de difícil acesso, mas que não era tão difícil de encontrar.
Então, virou o copo e nada. Mas não se preocupou, afinal, copo vazio também para em pé.


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