terça-feira, 25 de junho de 2013

Tempero

Hoje.

Um tempo em que o tempo não conta.
Em que ninguém conta o tempo.
Em que nada que importa é número de se contar.

No manifesto das mentes vazias, que acharam algo para completá-las.
No manifesto do que foi modificado no telefone wireless.
Na humanidade manifesta...

Um andar sem compasso em uma trilha sonora.
Um sonoro passo numa vida descompassada.
Uma tosse.

Amanhã.

Um ontem em tempo real nutre o dia.
O dia que nutre o amanhã irreal.
Ninguém vive nele e é lá que todos vivem.

Um suspiro.

Ontem.

Poucos lembram dos microtempos que ele nos deu de vida.
De vida que acontecia, mas só vivida para depois.
Prelúdio de amanhã, resquício perdido de hoje, em eterno destempero do tempo.

Uma vida.
Sempre depois. Sempre antes. Sempre desagora.

Ah... o agora...

2 comentários:

  1. Velho... impressionante... não sei se você quis dizer tudo que eu entendi...rs mas se sim... você simplesmente traduziu tudo que eu penso sobre o tempo.

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    1. Não sei se eu escrevi tudo o que você entendeu, mas espero que tenha gostado do texto :)
      Beijos e obrigada por ler!

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