segunda-feira, 3 de maio de 2010

palavras e raízes

Não tenho conseguido expressar as ideias mais ligadas a mim.
No entendimento da estrada e na tradução infiel do que se passa, tenho ficado à deriva.

Li, em algum lugar, que temos a natureza de lutar contra a transformação dos pés em raízes. E acho que agora comecei a desvendar o porquê algumas pessoas não ficam. Vai ver elas seguem essa natureza que eu me recusava a perceber...

Que não pertencemos eu já sabia, mas que não ficamos... isso é novo.
Então tenho que aparar minhas raízes, principalmente as mais profundas, bem no fundinho da terra, aquelas que trazem a tal da "seiva bruta".

Mas eu acho que a raiz de uma árvore, não tira sua liberdade.
Podemos sentir o vento e imaginar voos altos, mesmo fincados ao chão.

É o amor que nos flutua.

E já que não pertencemos, não nos prendemos, não estagnamos, é só uma escolha entre um e outros.
Uma escolha entre sonhar de olhos abertos e de olhos fechados.
Uma escolha que pode ser desescolhida.

Mesmo assim, vou tentar aparar as ideias e me desvencilhar das raízes.

E não é que as palavras são raízes?

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Linda! Você escreve muito! Nem sei oq faz melhor...canta ou escreve? Vc é linda, Giulia

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  3. Juju! Obrigada querida, ver seus comentários por aqui me deixa muito feliz :)
    beijos

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