Eu não sei desamar. Das muitas coisas que a minha mente e corpo são capazes de aprender, eu não sei desamar.
Mesmo quando o amor acaba, quando não há mais paixão ou motivos pra guardar alguém no coração, eu ainda o deixo lá. Mas como amar sem amor? Na verdade não acho que o amor acaba, ele só muda de lugar. Por isso acho que o único jeito de realmente desabitar o coração é desamar. Mas eu não consigo. Na verdade, não quero.
Por mais que alguns amores se tornem monstros embaixo da cama e fantasmas em mente vazia, eles fazem parte de mim, do meu amor como é hoje, da minha forma de amar que não é mais a mesma de antes.
O maior medo que tenho é aprender a desamar e depois não conseguir amar de novo. Isso, porque acho que desamor é um corte muito profundo no coração, daqueles que só fecham por fora, só criam casquinha, mas que dentro ainda sangram.
Não quero ter medo do amor ou de amar. Talvez seja por isso que fico tão triste ao encontrar alguém assim, não por mim, mas pelas borboletas encasuladas em seu estômago que esperam pra poder sair, pelos momentos de loucura que esperam os ponteiros do relógio lentamente passarem em vão, pelo brilho na sua alma que espera um toque pra reacender.
Mesmo que eu carregue comigo o peso de cada pedaço de quem amei, ainda prefiro esses quilos a mais do que desamar. Mesmo que eu esqueça, que eu não perdoe, que eu não volte, saiba que sempre estará ancorado em mim o amor que eu te dei.
Deve ser reconfortante saber que o passado do nosso amor tem teto. Tem chão. Eu não o abandonei.
Desamar é desabitar o outro da gente e a gente do outro. Desabrigar seu peito, pôr na rua o seu colo.
Por isso e por tantos outros motivos, posso não te amar mais, mas de alguma forma o seu amor sempre estará aqui, na fundação de quem sou e de quem serei.
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sexta-feira, 9 de outubro de 2015
quarta-feira, 17 de junho de 2015
Ah, cara
Ah, cara, eu poderia te amar tanto.
E sei que você me amaria também. Cada um do seu jeito.
Mas talvez você faça parte dos tipos de gente que gosta de falar de amor, mas não de vivê-lo.
Das gentes que adoram ler, ouvir, cantar, escrever, resenhar, gritar o amor, mas que não querem amar.
O que me irrita é essa contradição. Você pode sentir o amor, mas não quer exercer esse sentimento, não quer exauri-lo em todas as suas formas disformes.
O mais absurdo é que a gente podia se amar muito e até dar outro nome pro sentimento louco que iria surgir. Mas você se esconde no silêncio, atrás de pessoas que te feriram e do passado que já passou. Se disfarça na frente de uma pose de descolado, de entendedor do mundo, de vivente de gentes. Mas o que é viver sem sentir? Como se vive alguém sem sentir alguém (mesmo que na imaginação)?
As reais fronteiras a serem desbravadas são as fronteiras das pessoas. E nem precisa pegar estrada.
Ah, cara... A verdade é que eu quero ser acompanhada.
Nunca gostei de jogar nada sozinha, quem dirá jogar a vida fora na solidão.
E sei que você me amaria também. Cada um do seu jeito.
Mas talvez você faça parte dos tipos de gente que gosta de falar de amor, mas não de vivê-lo.
Das gentes que adoram ler, ouvir, cantar, escrever, resenhar, gritar o amor, mas que não querem amar.
O que me irrita é essa contradição. Você pode sentir o amor, mas não quer exercer esse sentimento, não quer exauri-lo em todas as suas formas disformes.
O mais absurdo é que a gente podia se amar muito e até dar outro nome pro sentimento louco que iria surgir. Mas você se esconde no silêncio, atrás de pessoas que te feriram e do passado que já passou. Se disfarça na frente de uma pose de descolado, de entendedor do mundo, de vivente de gentes. Mas o que é viver sem sentir? Como se vive alguém sem sentir alguém (mesmo que na imaginação)?
As reais fronteiras a serem desbravadas são as fronteiras das pessoas. E nem precisa pegar estrada.
Ah, cara... A verdade é que eu quero ser acompanhada.
Nunca gostei de jogar nada sozinha, quem dirá jogar a vida fora na solidão.
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terça-feira, 10 de julho de 2012
Ser coisa nenhuma.
Quem diria que o amor adolescente, infantil, é o mais inteligente?
Ele simplesmente é o que nasceu pra ser: incondicional, inquestionável, impossível, projetado, entre tantos outros "in", "im" e "ados".
É, enfim, amor puro, sem medo, sem experiências anteriores pesando no seu caminhar, sem corcundas e feridas, sem o excesso do passado arrastando nosso calcanhar.
É, enfim, amor puro, sem medo, sem experiências anteriores pesando no seu caminhar, sem corcundas e feridas, sem o excesso do passado arrastando nosso calcanhar.
Exatamente por ser adolescente, não chega ao fim, é interrompido por algum motivo bem maluco ou bem racional, comum na impulsividade do novo. Então, fica na memória e na saudade do peito.
Sempre queremos acreditar que a compreensão do amor e a possibilidade dele ser verdadeiro vêm com a maturidade, mas, na verdade, quanto mais aprendemos, mais difícil fica de sentir o irracional. Quanto mais andamos, mais impossível é amar o que não precisamos, pois a única coisa que levamos pela vida e depois dela, é o que não conseguimos deixar pra trás: nossas vivências, nossas loucuras e nossos amores, enfim, a bagagem mais pesada do mundo.
Precisamos amar nossos filhos, amigos, parentes, entre outros entes, mas o amor gratuito, aquele que olhou, bateu e nem precisou ter voltado, não tem sentido pra gente.
Os adultos procuram sentido em tudo, faz parte da filosofia de ser qualquer coisa, o que finda em uma vida sem sentidos e sem ser coisa nenhuma.
Afinal, a pergunta nem é "o que é o amor?", mas sim "como podemos voltar a amar?".
Afinal, a pergunta nem é "o que é o amor?", mas sim "como podemos voltar a amar?".
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quinta-feira, 17 de maio de 2012
Vem?
É que já deixamos de amar tantas vezes...
Por medo, receio, preconceito velado.
Por acharmos não sermos merecedores de algum tipo de alegria.
No momento da escolha não notamos que precisamos aprender a amar.
Talvez amar a viver.
Viver consiste em quem, não quando, nem onde, nem como.
Generalizamos.
Mas aonde vamos é além de quem somos.
Se não nos entregarmos à vida, a quem mais iremos nos entregar?
E todos os personagens que percorrem as vielas de cada corpo, merecem se econtrar, felizes ao lado de alguém.
Vem?
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segunda-feira, 24 de maio de 2010
Azuis
Um dia eu escrevi uma música que contava a história de um amor.
Dizia que amores são sempre possíveis, nas janelas invisíveis do céu entre nós.
E pensar que tudo começou porque conversamos tantas madrugadas, explicando nossas linhas.
Linhas do teto, da mão, linhas de raciocínio e expressão, sem rimar.
Desvendamos lágrimas, dúvidas e sonhos.
Uma tarde realizada em uma experiência tão intensa de alma, que foi para os dois.
Enquanto isso a linha do tempo cruzou a nossa e a vida foi acontecendo.
As linhas foram dando nós, tanto que narrei um lado teu no meu sonho e deu medo.
Restou uma canção descoberta em mim pelo outro, que virou a sua previsão.
Combinamos que seria assim.
Outra tarde aconteceu e depois do dia, veio uma noite.
Mas foi o destino outro...
Em uma experiência tão boa que só uma foto poderia contar.
A música que fiz nunca foi.
Como havia me dito uma vez: "você é intensa e intenção".
Também confesso que aconteceu assim o final:
Minutos de céu, que serão exatamente minutos de céu e fim.
"- A vida só se dá pra quem se deu
- Continuo com aquele mar sobre a minha cabeça
- E eu com ele dentro de mim"
Fomos azuis, desde o clarinho até o blues.
Dizia que amores são sempre possíveis, nas janelas invisíveis do céu entre nós.
E pensar que tudo começou porque conversamos tantas madrugadas, explicando nossas linhas.
Linhas do teto, da mão, linhas de raciocínio e expressão, sem rimar.
Desvendamos lágrimas, dúvidas e sonhos.
Uma tarde realizada em uma experiência tão intensa de alma, que foi para os dois.
Enquanto isso a linha do tempo cruzou a nossa e a vida foi acontecendo.
As linhas foram dando nós, tanto que narrei um lado teu no meu sonho e deu medo.
Restou uma canção descoberta em mim pelo outro, que virou a sua previsão.
Combinamos que seria assim.
Outra tarde aconteceu e depois do dia, veio uma noite.
Mas foi o destino outro...
Em uma experiência tão boa que só uma foto poderia contar.
A música que fiz nunca foi.
Como havia me dito uma vez: "você é intensa e intenção".
Também confesso que aconteceu assim o final:
Minutos de céu, que serão exatamente minutos de céu e fim.
"- A vida só se dá pra quem se deu
- Continuo com aquele mar sobre a minha cabeça
- E eu com ele dentro de mim"
Fomos azuis, desde o clarinho até o blues.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Deixe ir
Toda vez que voltava percebia que a vida dos que amava continuava na velocidade da luz.
Conseguia acompanhar alguns flashes, que alimentavam sua saudade e revigoravam seu amor, mas nunca era o inteiro ao qual estava acostumada.
Decidiu se libertar do que a estagnava e empobrecia sua energia, porque toda vez que ouvia as pessoas que realmente importavam, lembrava de todo o seu valor.
Porque ficar, insistir, desgastar-se a toa?
As pessoas só fazem com a gente o que nós permitimos e isso vale tanto para a dor quanto para as mudanças do amor.
Deixe ir pra que possa vir.
Conseguia acompanhar alguns flashes, que alimentavam sua saudade e revigoravam seu amor, mas nunca era o inteiro ao qual estava acostumada.
Decidiu se libertar do que a estagnava e empobrecia sua energia, porque toda vez que ouvia as pessoas que realmente importavam, lembrava de todo o seu valor.
Porque ficar, insistir, desgastar-se a toa?
As pessoas só fazem com a gente o que nós permitimos e isso vale tanto para a dor quanto para as mudanças do amor.
Deixe ir pra que possa vir.
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