Talvez nessa vida (não) tenhamos que nos acostumar a ser gato dentro d'água.
Ser um gato imerso faz parte do que pensamos ser a vida ideal, mas pra quem
está lá, consciente, ensopado de contradições à sua essência, é
insuportavelmente letal.
Um mal súbito, viver em desencontro a nós mesmos.
Observamos traços em quem nos rodeia que nos ferem, que nos incomodam como
ser humano vivente e pensante.
E vem o medo da igualdade, pois o que somos além de um reescrito do meio em
que estamos?
Nossa voz revela, só, o que nenhuma mentira encantada pode velar.
Só quem espera sabe receber.
O que representa algo que vale a pena ser vivido, só será presenteado aos
que sabem receber. Não que outros não ganharão e vencerão, mas sua vitória não terá o gosto
de um sonho real, será só uma insossa experiência qualquer.
É impossível fazer algo repleto de significado todos os dias, mas que pelo
menos o cotidiano não seja um sacrilégio ao que nos é sagrado.
O que somos e o que construímos, o que acreditamos e
fazemos será o único patrimônio perene para a vida de outros, para quem não conhecemos, para nossos
filhos.
quarta-feira, 4 de abril de 2012
quinta-feira, 22 de março de 2012
Projeção
Não, não é cinema.
Não é engraçado o jeito como as coisas são.
Nem tudo é seriedade, ou tem que ser levado a sério, mas nem tudo é riso.
Todos nós fazemos piadas de mau gosto, julgamentos e dizemos palavras encharcadas de veneno.
Mas nunca esperamos que nossos amigos, as pessoas que escolhemos para ser família, sejam passivos se ouvirem algo de nós.
Eu criaria um escudo em volta de quem eu amo, impenetrável para quem participa da minha vida, mas não tem carinho pelos mesmos seres que eu.
Se eu não conseguisse mudar seus pensamentos, não me tornaria íntimo, nem tão pouco amigo de alguém que quer o mal (mesmo que superficial) da minha família.
Mas aí eu recaio naquele velho ditado:
Não espere que os outros façam por você o que você faria com eles.
Não se projete, se proteja.
Não deixe que te tragam para baixo, se eleve.
Não é engraçado o jeito como as coisas são.
Nem tudo é seriedade, ou tem que ser levado a sério, mas nem tudo é riso.
Todos nós fazemos piadas de mau gosto, julgamentos e dizemos palavras encharcadas de veneno.
Mas nunca esperamos que nossos amigos, as pessoas que escolhemos para ser família, sejam passivos se ouvirem algo de nós.
Eu criaria um escudo em volta de quem eu amo, impenetrável para quem participa da minha vida, mas não tem carinho pelos mesmos seres que eu.
Se eu não conseguisse mudar seus pensamentos, não me tornaria íntimo, nem tão pouco amigo de alguém que quer o mal (mesmo que superficial) da minha família.
Mas aí eu recaio naquele velho ditado:
Não espere que os outros façam por você o que você faria com eles.
Não se projete, se proteja.
Não deixe que te tragam para baixo, se eleve.
quarta-feira, 7 de março de 2012
Guarda
Refletia,
fora do espelho, se o vendaval passaria a ser tempestade e o susto um falso
alarme de que uma gota estrondosa cairia em um sentimento.
Mas a
estabilidade era improvável, maquiada como um grande amor e disfarçada de
mudança. A esperança cegava as inconstâncias e colocava uma barreira entre o
amanhã e o depois.
Vai saber
que verdades esperavam no corredor ao lado, pra pousar, que nem borboleta, na nossa
razão. Às vezes é melhor esperar mesmo, sem ser de ninguém a alta guarda.
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terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Ma(i)s?
E hoje eu senti.
Falta.
só que não são os pedaços de mim, não são as lembranças (nem as boas, nem as ruins)
é algo invisível que toma conta, como a impotência.
nos apropriamos de tudo, mas não conseguimos perder nada.
desviamos e damos voltas para não...
clamava que caísse um raio de resoluções sobre sua sentença,
mas isso não é sobre nós, é sobre todo o resto.
pula daqui! soltemos as mãos.
se você se perder, não preocupa.
o que chamamos de encontro, nem sempre é a soma.
Falta.
só que não são os pedaços de mim, não são as lembranças (nem as boas, nem as ruins)
é algo invisível que toma conta, como a impotência.
nos apropriamos de tudo, mas não conseguimos perder nada.
desviamos e damos voltas para não...
clamava que caísse um raio de resoluções sobre sua sentença,
mas isso não é sobre nós, é sobre todo o resto.
pula daqui! soltemos as mãos.
se você se perder, não preocupa.
o que chamamos de encontro, nem sempre é a soma.
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