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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Sobre saudade

Às vezes eu acho que saudade é um sinal do amor. Em outras, acho que é um sinal comum.

No comecinho do amor, aquela pontada de saudade inesperada mostra que devemos prestar atenção no que está acontecendo em nosso coração. Algo novo se aproxima, mesmo que seja de alguém já conhecido, e estamos preparando um espaço dentro da gente para acolhê-lo. Ao mesmo tempo, essa pontada pode ser só uma lembrança de alguém, disfarçada de falta.

Durante o amor é possível sentir saudade de alguém que está ao nosso lado. Pode ser porque a gente antecipa os momentos distantes e até acha que pra tudo aquilo que tem dentro do peito, não haveria vidas suficientes para chegar até o final. Por outro lado, essa sensação pode ser fruto de uma quebra na rotina que vem como aviso, da mesma forma que a gente sente falta (e vontade) quando lembra que no dia anterior não comeu arroz e feijão.

Na despedida do amor, a pontada de saudade é acompanhada de um tipo de dor que só o amor apresenta, que vai mudando e diminuindo até acabar. Mas também pode ser só uma quebra de costume e hábito com que, como em toda dieta, a gente se acostuma.

É difícil desligar o sentir falta do amar, mas a saudade tem vida própria. Se ainda posso e quero ansiar alguma coisa, acho que desejaria algo do amor, mesmo quando confundido com outras coisas.

O que eu ainda espero do amor é que passe, que chegue e que cure. A saudade vem depois.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Ma(i)s?

E hoje eu senti.
Falta.

só que não são os pedaços de mim, não são as lembranças (nem as boas, nem as ruins)
é algo invisível que toma conta, como a impotência.

nos apropriamos de tudo, mas não conseguimos perder nada.
desviamos e damos voltas para não...

clamava que caísse um raio de resoluções sobre sua sentença,

mas isso não é sobre nós, é sobre todo o resto.
pula daqui! soltemos as mãos.

se você se perder, não preocupa.
o que chamamos de encontro, nem sempre é a soma.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

saudadesemtempo

E veio um sentimento borboleteando meu ventre.
Esquisito ao extremo, parecia algo intravenoso.
-'tou com saudade.
Do que(m) seria? Esse sentimento (fora distâncias impercorríveis) é fácil de sanar.
-'tou com saudade de tudo.
Tudo?
-'tou com saudade de tudo.
-é como se o mundo que não conheço (ainda) me fizesse falta danada.

e assim se dava a saudade do futuro.
um grito vidente cego, batia dentro do meu peito.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Olhos fechados

A inevitabilidade das coisas a irritava.
A tirava do sério.

A mutabilidade das pessoas a inebriava.
A entorpecia com a imprecisão de ser algo.

Amplificava as emoções sazonais.
Inevitáveis e mutantes, assim como ela.

Maturidade era a chave que trancava algumas portas,
mas a fé escancarava (in)certas janelas.

Saudade mistificada em presença, ausência e completude.


- Que contradição cíclica! - ouviu certa vez, intacta.
Mas nem se importava com o formato da vida, queria vivê-la em disformidade, inconformidade.
Prévia sensação, extrema.

Tato, paladar, olfato, audição.
Olhos fechados.

terça-feira, 6 de abril de 2010

E se eu te disser que...

Hoje lembrei de você. Provavelmente porque o mesmo aconteceu no sábado.
Não sei por que lembrei no sábado, pode ser porque era sábado, porque estava em São Paulo ou porque vi uma foto sua. Ou tudo isso aconteceu porque você visitou minha mente.

Eu vejo tanta paz na sua vida agora.
Talvez fosse o momento de nos encontrarmos em outro nível de entendimento e vejo que realmente talvez só nos enxergaremos por completo quando cumprirmos a sua previsão.
Aquela previsão do show na França e exposição na Espanha... quando mandaremos cartões-postais da Itália para os nossos queridos contando o quanto somos felizes.

Será que imaginamos tudo tão intensamente e antes de acontecer, que acabou dando-se por concluída a nossa história? Será que pelo simples fato de estar em nossas mentes, já sucedeu?

Se for para acontecer, que venham os anos, as rugas e os dois filhos que você vai ter para que possamos ser.

Que os buracos nos levem a tropeços, começos e finais.

Todas as nossas conversas me fazem sorrir, ao tê-las e ao revê-las.
Principalmente aquelas em que o céu é o mar envolto por bossa nova.

Como é bom lembrar.
Ah, como é bom lembrar.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

É menina

Saudade do cachorro.
Saudade da vó.
Saudade dos finais de semana.

Saudade da mãe.
Saudade da primeira irmã.
Saudade das minhas meninas.

Saudade de dar aula.
Saudade de aprender mais e mais música.
Saudade dos lugares.

Saudade do futuro.

É menina a minha próxima saudade.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Despertar

quando a saudade chega antes do fim
lágrimas selam em mim
as tentativas frustradas, as perdas e as falhas

e a vontade de recomeço adormece hoje,
queira Deus que ela desperte amanhã.


terça-feira, 20 de outubro de 2009

and

é que às vezes me dá medo.

aí misturados a ele ficam a saudade e o cansaço.

não consigo mais fechar os olhos, talvez fosse mais fácil não dormir, ou dormir de vez.

é, hoje eu estou saudosa...
do tempo em que tudo era mais dúvida e menos desilusão.


restless and alone.