Mostrando postagens com marcador mundo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador mundo. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Narcisismo

Aquele momento em que você tem a impressão de estar desperdiçando mundo.

O dia em que você acorda querendo partir para uma realidade paralela e vai dormir querendo voltar àquele tempo em que a realidade era igual a essa, mas, nele, você se julgava feliz.

Felicidade distante... Dançante entre o ontem e o ano que vem.

Culpa ergométrica assumida pelo bem do outro, mas que se instala no centro do senso e vai corroendo tudo de dentro para fora. Yoga traiçoeira que fortalece o lado errado da alma.

A pior rejeição é aquela que vem de dentro. Está tão em seu lugar que a sentimos em todos, a criamos nos outros e ainda achamos que não somos culpados.

E você achando que o reflexo no espelho era a única contradição narcísica de hoje.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Passaporte para dentro da alma

A passagem foi tão clara na ida, sem empecilhos, obstáculos ou dobradiças.
A volta estava entre grades, acorrentada aos medos e anseios e dores do adeus.

São pensamentos ou memórias que ficam impregnados aos nossos olhos?
Passaportes para dentro da alma de tão fácil acesso, mas difícil desvendamento.
E o encantamento que possuem é quase místico.
Imperceptíveis, poderosos, justos.

Às vezes são eles que dizem as palavras.
Às vezes são portadores do amor do mundo.
A esperança?
A esperança nunca os abandona.

Aí imaginam ou trazem a imagem:
Dois, doeu.
Já eram dois, o errado era eu
Se percebem; se queixam e mudam o foco.

A alma, tão nua, percebe que não tem jeito:
É lá que a defesa falha, que o corpo toma conta -
O olhar é realmente seu pior defeito.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Esquece e vai sorrir.

O seu sorriso ilumina o mundo!
Então, por favor, não nos deixe no escuro.



(escrito primeiramente para Regina Frontelli)

sexta-feira, 3 de abril de 2009

-

Chegamos ao mundo incompletos e, antes mesmo de sermos vida, conhecemos o amor. O amor não é escolha e nem pode ser mudado por uma. Cada um é intenso e único, pois cada vez que amamos, encontramos, sem saber, um pedaço do que nos faltava. Cada pedaço tem seu tamanho, sua forma, por isso nunca é igual ou comparável.

Encontra um ponto de interrupção em tempos diversificados, não por ter sido pouco ou porque não valeu a pena, mas sim por encontrarmos outro. Este novo não supera o anterior, pois todo amor é insubstituível, mas cura se for por nós mesmos ou por algo maior, além de nós.

Cada amor é necessário para o nosso desenvolvimento e é tão sublime que o ato de amar é arte dos anjos. Tentamos decifrá-los em palavras, músicas, mas o sentimento pulsante em nossa alma, que passa por todos os nossos poros, é impossível de controlar, especificar.

Não o aprendemos, mas aprender é condição básica ao se amar. Quando sentimos a "dor de amar" nada mais temos do que a recepção daquele pedaço no nosso "corpo". O fim dessa dor, é aceitação desta nova parte e o que aprendemos durante sua chegada.

Nenhum amor termina ou é em vão, quando pensamos que o esquecemos ou superamos estamos errados, pois o ato de amar ecoa no universo e em nossas almas, presente nos pedaços que adquirimos ao decorrer de nossas experiências. Dizemos que encontramos quem nos completa ou nossa cara-metade, justamente por já sabermos que preenchemos mais um dos nossos infinitos espaços. Às vezes nos sentimos vazios para não esquecermos que devemos sempre amar.

Não é necessário acreditar no amor para que ele exista e nem reconhecê-lo para ser feliz. Simplesmente está lá como o ar, a vida e Deus.

________________________________________________________

Texto de 2007