Ultimamente estava pensando muito sobre o poder que damos aos outros.
Entregamos de bandeja o que de mais valia temos. O poder do outro sobre a gente.
Poder esse criado por nós. Pode?
Tinha a vida resumida cinco vezes por semana por, pelo menos, sete vozes diferentes. E contava-a pra todo mundo, querendo que chegasse a uma pessoa. Imagem à distância. Compartilhava.
Diálogo monológico do sentir. Não era pra fazer sentido.
Cuidado! Será momentaneamente responsável pelo que cria em sua mente.
E ainda achava cativante isso de estar só. Cativava a vontade de não estar mais.
Mas com alguém que fosse bom o suficiente. Sof(r)ista?
Incapaz de completar qualquer tarefa devido a alta fertilidade.
A inevitabilidade dos prazos fazia com que houvesse produções quase abortivas.
Sensível ao estímulo, porém cega em deslumbramento e em descontentamento.
Se abria para conhecer o mundo que só teria uma bela surra pra oferecer.
Mas era bela.
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