Como era ridículo. Dava vergonha só de lembrar.
Do cabaré que o coração fazia pra exibir sua intenção.
Como era fácil. Dava vergonha só de pensar.
Em como é descomplicado e intuitivo submeter o corpo às vontades rasas do coração.
Como era real. Dava vergonha só de sentir.
As transmissões de pensamento que mudavam o cosmos por puro prazer.
Era questão de tesão intelectual que vazou entre as pernas.
E percebia que o ridículo rejuvenesce de dentro pra fora. Das entranhas pulsantes ao coração pululante.
Mas era intenso. Se abrisse espaço pra muita reflexão, ele ficava tímido e sumia.
A lei áurea do ridículo é a ausência.
Nada que um shot de paixão não resolvesse, embrulhando a alma pra viagem e embebedando o coração. Que coração?
O ridículo existe à toa. Por nada. E domina completamente até o mais polido bom senso.
Cuidado com os fósforos! O ridículo é inflamável.
E dava vontade de (ar)riscar. Esganando o senso.
Senso de ridículo.
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