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domingo, 3 de maio de 2015

Tempestade

Olhava atentamente para a tempestade que se formava no copo d'água.
Com a cabeça apoiada sobre uma mesa de madeira escura, via as gotas se transformarem em vozes de cada problema, medo e questão.

Caminhava para encontrar cada parte sua em partes outras que o caminho pudesse entregar. Se sentia pronta para aceitar tudo aquilo.
Quem sabe um dia conseguiria deixar aquela parte, que segurava, costurava e colava para não cair, pra outro caminho carregar...

Temos que estar sempre prontos para receber, para agradecer e para despedir. Mas a obrigatoriedade torna o ato falho.
Há mais encontro na despedida que o adeus propriamente dito.

E ainda havia a necessidade de entender. Exercício que a cada dia, quanto mais entendia, menos parecia compreender. Tentava entender por quê precisava entender tantas coisas.

Gole por gole foi vendo a tempestade passar e engolindo o que estava preso na garganta.
E assim foi... até que a tempestade passasse e outra chegasse. Chegou? Garçom, traz mais uma.

sábado, 19 de março de 2011

Desprender-se

Tentaram me ensinar a fórmula do superar.
"Deixe seguir, não se prenda emocionalmente, deixe fluir, não aperte o laço que a corda afrouxa."
Será que evitar vínculos é a forma melhor de se desprender?

Acredito que cada vivência é uma lição e que o desprendimento acontecerá assim que tivermos entendido, pelo menos parcialmente, o que a situação nos ofereceu.

Penso que devemos parar de achar que o significado de desprendimento é deixar o coração em cima de uma cadeira e bater a porta todas as vezes que entramos em qualquer tipo de relacionamento.

Para mim, desprender-se é aceitar que as lições vitais de determinada situação foram cumpridas (pois nem sempre são aprendidas) e que é hora de sentir outros ares para tentar ser melhor.

Desprender talvez seja compreender que sempre podemos aprender e melhorar, logo não vale a pena ligar-se a coisas e situações tão passageiras.

So live and let live.
Live and let die.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

de nós

Vamos tentar sobreviver a toda essa história, a toda essa incompreensão e incólume saber.


Vamos imaginar um novo mundo nascer, onde possamos escolher entre o poder e o fogo.

Que possamos atravessar os sentidos sem precisar ficar intactos, sem nos mostrar heróis de nós mesmos, pois depois do amor não restam fatos e nem é necessária uma carta de adeus.

Vamos compreender que não é para ser fácil, mas a imposição da dificuldade parte somente de nós mesmos.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Comme sempre

Às vezes parece que o céu vai desaparecer, outras o sol brilha mais aconchegante do que nunca.
De repente chegam os dias de chuva, com sorrisos atravessados e energias inversas. Tudo decepciona e desilude.
Inesperadamente outra nuvem passa e leva o cinza, traz o branco de paz emoldurado pelo azul como que por flores.

Comme sempre há o brilho de algo novo, semplicemente.

Palavras seduzem, mas o encanto perdura?

Pé atras é uma coisa que me incomoda.
Detesto ter me tornado alguém com o pé atras,
mas dizem por aí que faz parte da evolução.

Desacreditar é crescer?
Vai entender.

As portas e janelas sempre abertas.
Pode me mostrar a pintura de nós, a sua minha e a minha sua.
Estou esperando, aguardo a surpresa do retorno do meu antigo mundo.

Enquanto isso, mais um vento acompanha meus cabelos, afugenta meus medos e traz intuição.

Amanhã, novo capítulo.
Que perdure o bom sentimento.
Que perdurem os bons momentos.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O toque

quando além da compreensão, ou é entrega, ou é distância.
Não quero entender, somente viver.

Em uma noite especialmente boa, não há nada mais que a gente possa fazer. - CBJ