Meu coração é uma casa.
Nela tem teto, chão, paredes, dois quartos e uma
sala-cozinha. É um canto comum, um lar.
Todo mundo que lá entra, já desenha seu espaço
preferido no chão, traz flores, decora, escolhe uma música e senta. Às vezes a
casa está cheia de gente, às vezes só uma pessoa já a superlota e em outras eu mesma me
basto.
Já houve demolição, rearranjo, desconstrução, mudança de
móveis, depredação. E cada pessoa que lá mora fez parte de um processo. Ou vários.
Lá, mesmo que vá embora, sempre haverá morada para quem esteve, para quem foi sem convite e para quem apareceu com hora marcada.
De fora, pela janela, se você prestar bem atenção, vai ver
sempre uma torta de maçã, uma massa acompanhada por um bom vinho, cachorros tomando conta dos sofás e marcas de
mãos de criança na geladeira. Sempre vai ter passagem, tempo e alguém.
Às vezes eu fujo de casa, não estou. Fico do lado de fora, tentando entender e até esquecer algumas das mudanças que aconteceram lá dentro. Vejo fotos no teto, quadros sobre as mesas e lençóis no chão. Aí eu aceito e entro, retorno para a essência que, mesmo desorganizada, ainda é a mesma.
Lá é lugar de muitas coisas, de muitas pessoas, de construção. Tem passarinho solto e gente na gaiola. É de lá que sai o que crio, das ilusões aos assobios. É ali que construo o que sinto, do erro ao desafio.
Meu coração é uma casa. A minha casa.
E é sua também, pelo tempo que precisar ficar.
Quer entrar?
Lá é lugar de muitas coisas, de muitas pessoas, de construção. Tem passarinho solto e gente na gaiola. É de lá que sai o que crio, das ilusões aos assobios. É ali que construo o que sinto, do erro ao desafio.
Meu coração é uma casa. A minha casa.
E é sua também, pelo tempo que precisar ficar.
Quer entrar?
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