Às vezes a tristeza não é triste. Ela vem pra nos acompanhar em um dia vazio, como uma velha amiga que não encontramos há tempos. Sem choro ou lamúria, vem como um desassossego, desaforo para mexer o esqueleto.
E que bobagem tentar rejeitá-la, ignorá-la ou fazer de conta que não existe. A gente precisa mais é abraçar o que sente. No caso dela, abraçá-la como em uma despedida, deixá-la ir e vir como visita, para que possamos sentir como é tê-la longe. Se a ignoramos, prolongamos sua estada até que consiga de alguma forma se fazer notada.
O maior perigo da tristeza se dá se ela sumir de vez, sem chances de voltar. Aí já é sinal que, de tão familiar, já faz parte de nós, já está lá, como um segundo par de ouvidos que potencializa qualquer zunido em grito.
Enquanto estiver aqui, recebo de colo aberto a saudade que sentirei quando chegar a hora dela ir. Mas é daquelas saudades boas, que se dão quando alguém muda de planeta para ser algo melhor.
sempre a bela escritura de Giulia!
ResponderExcluirque dá prazer em ler.
que traz reflexões.
às vezes triste, até,
mas sempre profundas.
sempre a bela escritura de Giulia...
É um prazer ler seus comentários e saber que acompanha o blog, querida!
ExcluirBeijos
É viver o momento… sem sofrer pelo que passou ou pelo que talvez venha a passar.
ResponderExcluirÉ como se deliciar com as leituras desse blogue sem se preocupar com a hora, com os compromissos… vivendo só o momento, pois outro poema virá em breve. ;)
Que delícia de comentário :) Muito obrigada por ler!
ExcluirEu que agradeço por você escrever…
ExcluirMerci ;)