Olho pela janela procurando sinais do temporal que arrebatou tudo por aqui.
Naquele dia eu combinava com céu cor-de-fim-do-mundo.
Mas estava céu azul e sol.
Em uma dança cósmica e mítica, ocorria a entrega.
Mãos sobre o coração para ver se tenho algum controle sobre ele.
Mas ele se dava, sujeito de amor.
Mergulho em minhas águas aparentemente calmas.
Afogo-me em um eu desconhecido. Abrangente.
Submarino em plena superfície.
Sobe a maré. Eu aqui.
Ancorado, enquanto as ondas do que sei nadam até onde não alcanço.
Estático, como isca no anzol.
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