Um copo. Não sabia se estava cheio ou vazio, mas àquela altura, nem importava. Ela era cafona demais para acreditar em meios termos. Deu um gole.
Olhou pra cima. O céu enviava seus sinais vitais para ela de alguma forma e ela acreditava... Mesmo ultimamente tendo se sentido estrela perdida, porém não desperdiçada.
Abriu a mão e viu um lembrete rabiscado na palma. Entre as linhas que mostravam o futuro, ela esqueceu o que tinha que lembrar. Sinal de que não era importante.
Tomou mais um gole, mas a sede que sentia vinha da sede além da língua e do trato digestivo. Além das ranhuras da pele e dos olhos ressecados. Era um lugar de difícil acesso, mas que não era tão difícil de encontrar.
Então, virou o copo e nada. Mas não se preocupou, afinal, copo vazio também para em pé.
Nenhum comentário:
Postar um comentário